e até foi um dos primeiros produtos exportados por Portugal (ou talvez por isso)
O tempo tem uma relação directamente proporcional com a verdade e com o azeite. Nos inúmeros processos da vida das pessoas, e qualquer que seja o lugar na sala de espectáculos, a conclusão tem uma constante: a verdade acaba por se impor.
É estranho, ou talvez não, que o tal de azeite (tempero antigo que foi um dos primeiros produtos que exportámos) não se imponha até com efeito preventivo; talvez por isso, por tanta exportação, nos esqueçamos da sua inapelável sentença. Não usamos o que receitamos aos outros.
Era, contudo, desnecessário que, nos tais processos, nos esquecêssemos tanto do respeito por um mínimo, no mínimo, claro, de verdade. Não se devia menosprezar a qualidade do tempo. Não magoaríamos os outros (se os outros estiverem para isso ou pouco habituados) nem sofreríamos o efeito boomerang. Poupava-se duplamente em sofrimento, uma das preocupações maiores da saúde pública. A soberba, a inveja, o narcisismo, a mesquinhez, a maledicência, o oportunismo, o desrespeito pelo outro, o excesso de individualismo, a chico-espertice e por aí fora parecem obliterar a ideia de tempo e isso acaba por ser fatal.