É a Democracia, a Liberdade de Ensinar e Aprender e a Qualidade da Escola Pública
A democracia é uma construção diária num mundo em mudança e cansa ler os seus "donos" sempre que há um movimento de professores.
Acima de tudo, a cidadania tem que ser a arte da desinstalação. Se o sindicalismo tradicional está em crise, é crucial reinventá-lo. Além disso, a defesa de uma classe profissional é legítima e um dever democrático dos seus membros. Mas o que está em causa é mais do que isso. Como se disse em 2008, 2013, 2018 e 2023, o exercício, e mais do que a classe profissional, da liberdade de ensinar e aprender não é instrumentalizável em democracia. Se agora, como em 2018, se percebe, finalmente, que não são os estridentes discípulos de Steve Bannon (o mentor de Trump e de tantos outros) que mexem os cordelinhos, também em 2008 e 2013 não eram os mentores do Syriza que o faziam. Mas há agendas. Algumas, e infelizmente movidas por fanatismo ideológico (e até clubista), na área do alargado arco governativo, repetem-se com os resultados conhecidos na falta grave de professores e na instabilidade da escola pública. É exactamente isso que não deve voltar a prevalecer.