duas leituras objectivas
"A autonomia das escolas cresce no discurso" e "a despesa com salários na função pública recua para níveis de 1981" são duas leituras objectivas, que se relacionam e que até vão para além das questões financeiras: instituiram a desconfiança que foi um passo para o despesismo e para o clientelismo a nível central.
A primeira leitura começou o seu trajecto na mudança de milénio, acentuou-se com Lurdes Rodrigues e foi para além da troika com Nuno Crato. O objectivo traduziu-se na segunda leitura: os professores são o primeiríssimo contributo para a queda dos salários na função pública.
Podíamos estar a noite a elencar causas e consequências e os mais pacientes podem percorrer as etiquetas do blogue. Desde os primeiros anos do milénio que voltámos a ter um OAL por ano (documento que organiza o ano lectivo elaborado pelos serviços centrais do MEC para todas as escolas do país continental - as ilhas são excepção), como se tudo começasse do zero. Sabe-se que haverá uma reunião a 8 de Maio, pasme-se, para tratar do assunto e o Conselho de Escolas faz um parecer sobre o OAL 2015 que até arrepia só de ler: a organização não é o nosso valor precioso e o centralismo tem picos difícieis de aturar.