Dos resíduos e do submundo que nos rodeia
Saltar de uma obra literária para as notícias da actualidade transporta um sabor de continuidade. Mais ainda quando lemos páginas sobre o "Submundo" da sociedade norte-americana do século passado e o cruzamos com o presente lusitano.
Sabe-se, e que mais se saberá, que houve fundos de alto risco que ganharam milhões com a queda das acções do BES (a malta do casino não se solidariza com a queda dos parceiros) e também se conheceu o óbvio: a santa casa da misericórdia, comandada por Santana Lopes, é providencial nos empregos para os assalariados do arco governativo cabendo a vez à aliança democrática.
Ora leia a passagem seguinte e veja lá se não encontra analogias no submundo da barbárie em que vivemos; mesmo naquela que professa uma qualquer santa misericórdia.
DeLillo, Don (2010:91). "Submundo". Sextante Editora. Lisboa.