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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

dos ratos e dos navios

18.07.14

 

 

 

 

A falta de prestação de contas tem sempre um efeito de retorno; mesmo que simulado.

 

Há uma constante no que levamos de milénio: os políticos sociais-democratas, socialistas de terceira via e neoliberais associados aos colunistas económicos seguiram os ultraliberais do poder económico, acusaram os grupos profissionais a abater de não prestarem contas e de serem grandes despesistas. Como panaceia, os políticos em exercício ou em estado de campanha eleitoral montaram ardilosos monstros burocráticos para avaliar o desempenho e exigir accountability (como gostavam de repetir).

 

Perante a hecatombe de 2007 e uma vez escancarada a corrupção que perpetravam ou apoiavam como ideologia liberal (santa ingenuidade ou serventia oportunista), situaram-se longe da responsabilidade.

 

Há tempos foi Durão Barroso a abandonar o barco para ver se continua a navegar; numa aparente contradição, não se coibiu de culpar o BPN, o BPP e as PPP's como quem não tem qualquer conta a prestar; nem política. É uma festa.

 

Mas o mais risível já tem três dias: César das Neves, esse economista mais friedmaniano do que qualquer habitante de Chicago, profetiza o "BES como o maior escândalo financeiro da história de Portugal". Talvez fosse bom que alguém lhe explicasse que os "salgados-lusitanos" são uns meninos de coro ao pé dos congéneres norte-americanos, alemães (sim, alemães) e franceses para que C. Neves não entre em depressão. Claro que neste caso há sempre que considerar a humana história dos ratos e dos navios.

 

 

 

 

 

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