dos exames e dos poetas
Quem frequentou o sistema escolar público equipara-se ao que de melhor existe nas variadas latitudes. O nosso problema é a generalização; é a democracia; e é secular. O desafio continua a ser a inclusão. Passa pela transformação da ambição escolar numa ideia incontestada, como o repouso ou as refeições, e pelos níveis sócio-económicos.
Eliminámos, ou quase, o analfabetismo, mas estamos desorientados com o abandono escolar. As alternativas ao ensino regular mascaram o problema e têm "salvado" alguma da população destinada à não escolarização. Também aí importa reduzir a demagogia.
E recordo um parágrafo que escrevi em 2011:
lançar exames em catadupa pode não ser apenas redundante (o nosso problema não é sequer na qualidade dos muito escolarizados), como pode ter o mesmo efeito que as gravações de risos que tentam animar programas humorísticos televisivos de fraca qualidade e recorda-me sempre uma nação de poetas sem vida.