dos duelos e das lutas pelo poder
Foi por acaso que li "A competição em Nietzsche", de F. Nietzsche, editado pela Vega, Lisboa, 2003, numa fase em que um dos maiores partidos políticos portugueses desenvolve um duelo. A luta pelo poder parece evidenciar detalhes já estudados, naturalmente.
Na página 57 do livro citado, encontramos uma defesa da competição: "(...)Se, pelo contrário, excluirmos a competição da vida grega, somos imediatamente confrontados por aquele abismo pré-homérico onde impera a medonha selvajaria do ódio e do prazer da destruição. Este fenómeno ocorre, infelizmente com alguma frequência, sempre que uma personalidade eminente, por uma acção extraordinariamente brilhante, se via de repente arredada da competição e ficava hors de concours, tanto aos seus próprios olhos como na opinião dos seus concidadãos.(...)".
Há inúmeras passagens interessantes.
Na página 56, "(...)Se os jovens durante a aprendizagem eram educados competindo uns com os outros, os seus educadores, por sua vez, rivalizavam entre si. Os grandes mestres da música, Píndaro e Simónides, olhavam-se com desconfiança e inveja; o sofista, esse supremo professor da Antiguidade, via no outro sofista um émulo,(...)".
Na página 54, "(...)Entre nós, ninguém deve ser o melhor; se alguém, no entanto, o for, que seja noutro lado e entre outra gente.(...)".
Na página 53, "(...)o exemplo mais surpreendente é o facto de até um morto poder exercitar num vivo uma inveja ardente.(...)"
Na página 45, "(...)Porque o ódio e a inveja são muito maiores, a justiça é uma virtude infinitamente maior. É o encolho contra o qual naufragam o ódio e a inveja.(...)"