Dos concursos de professores
Foi em 2003 que os concursos de professores iniciaram o movimento descendente. O rol de injustiças (inúmeras já irreparáveis) cresceu e lançou os procedimentos num labirinto em forma de imbróglio. Entre tanta justificação, o mérito no exercício dos professores destacou-se ciclicamente.
O sistema integrado de avaliação do desempenho da administração pública nasceu para resolver de vez, diziam os mentores, esse tipo de "lacuna". O SIADAP reuniu uma linguagem sedutora e bem-pensante como as que deram origem aos totalitarismos. A "meritocracia industrial" é, objectivamente, uma impossibilidade.
O SIADAP hibernou, mas sobrevive em regime de faz de conta e degrada o clima das organizações. Para que a comédia tivesse um episódio marcante, em "Outubro de 2012" o Governo eliminou, como corte financeiro, as distinções por "mérito" e os sindicatos exigiram, de modo cínico, obviamente, a continuação da tragédia. É um processo que exige atenção agora que se assiste, nos concursos de professores, ao regresso "inspirador" das ideias datadas que secundarizaram a graduação profissional e permitiram dois desmiolos: bolsa de contratação de escola e prova de ingresso.