Do voto e do dia seguinte
Foram eleições locais, mas a mediatização insiste na nacionalização dos resultados e os protagonistas usam os efeitos. O PS legítima-se e só tem olhos para as legislativas, apesar da voracidade comunicacional decretar a imprevisibilidade.
Não está difícil a hermenêutica do voto. A exemplo de Lisboa, onde o PS não conseguiu maioria absoluta, o país desenha uma vitória dos socialistas sem maioria absoluta e com entendimentos à esquerda. É um exercício difícil para os eleitores, como se provou nas legislativas. A fórmula governativa vigente parece que questionou a ideia do voto útil e espera-se que António Costa continue temeroso das maiorias absolutas de um só partido.