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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

do pano verde

12.04.15, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

Não é recente a sensação de que o país está no pano verde. O caso GES, mais propriamente o BES e as empresas da saúde e dos seguros, deixaram valores fundamentais da comunidade à mercê do casino puro e duro. E convenhamos: os estados licenciaram os privados com base em três pressupostos: geriam melhor, faziam mais com menos e garantiam uma superioridade ética.

 

A exemplo dos negócios da água ou da luz, os denominados "sempre a facturar", a questão obedecia a um simples raciocínio: os licenciados sentavam-se em cima do que recebiam (poupanças, seguros obrigatórios ou pagamento de tratamentos de saúde) e era impossível que saíssem a perder.

 

A entrada da troika coincidiu com a chegada ao poder de uma confessada ideologia radical crente nas virtudes do mercado desregulado. A propagação foi rápida e apoiada no mainstream. Os resultados estão aí e não houve quem impedisse a transferência histórica de recursos financeiros para a classe alta somada ao desplante, no mínimo isso, dos "cofres cheios".