do encerramento de "privados" junto a escolas públicas com salas vazias
O tema está, há muito, impregnado de jogos de sombras. "Metade das escolas públicas desapareceram na última década, mas aumentaram em 10% os colégios dos privados", noticiou o Expresso com dados do CNE. Os aparelhos partidários apoderaram-se do orçamento de Estado e desbarataram um período de intensos fundos estruturais. Há duplicação de despesa, privatização de lucros e precarização de profissionais. Prevaleceu, na decisão política central e local, a lógica da "clientela". É uma nódoa no Estado de direito. Estão em causa interesses de alunos e de quem os educa (mesmo que ignorem que lhes diz respeito) e de profissionais do público e do "privado". É imperativo que em cada concelho se apurem números não coreografados. Quando, em 2005, nasceram colégios ilegais como cogumelos, as escolas públicas tinham cargas curriculares muito superiores ao que existe desde 2011. Têm agora mais capacidade para a frequência de turmas. Associando outras variáveis, e decidindo em tempo útil como sempre se disse, era possível encontrar soluções que minimizassem tantos danos nos profissionais como tem acontecido com os professores das escolas públicas (milhares deslocados com horário zero e mais de 20 mil contratados desempregados em virtude da acção destes "privados").