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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

do contra-ciclo escolar com a Europa

12.11.17, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

Reduzimos o abandono escolar em contra-ciclo com a (reconfigurada; e decadente?) Europa e confirmamos que o aumento da escolarização das sociedades influencia em quase 70% as taxas de frequência e os resultados das aprendizagens. Portugal reforça as conclusões ao atenuar, neste indicador, a influência da delapidação dos determinantes 30% da organização escolar por razões financeiras. "Não há vida escolar para além do défice", explica parte da imobilidade governativa. Há tantas epifanias - que a conjuntura simulou como estruturais - que tardam a mudar, que cresce a apreensão: o Governo revê-se nas políticas escolares do primeiro governo de Sócrates? 

"O director de turma deve ser avaliado, com pontuação rigorosa e quotas, pelo abandono escolar dos alunos". A frase que escolhi (não excessivamente técnica), dita com convicção por Lurdes Rodrigues, sintetizou um conjunto neoliberal de "Novas Políticas de Gestão Pública" que degradaram a organização escolar.

A desconstrução da frase encontra a desresponsabilização da sociedade, as crianças-agenda, os jovens-vigiados, o "aluno-rei", os professores "agentes recreativos e multi-profissão" e o modelo taylorista de escola com primazia da lógica, "impensada" em educação, do "cliente-tem-sempre-razão".

Insatisfeita, a PàF acrescentou: alunos por turma, turmas por professor, indústria da medição alargada aos mais pequenos e disciplinas hierarquizadas (dito assim como eufemismo).

Com uma década assim, não faltam, portanto, pontos fundamentais para agendar se o Governo recusar a interrogação do primeiro parágrafo e olhar para o futuro.

 

IMG_1952

 

Algures no Oeste de Portugal.

Novembro de 2017.

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