Do CNE e da organização das turmas
O CNE publicou um estudo, "Organização Escolar - As Turmas", que não explica como é que a redução do limite máximo do número de alunos por turma pode aumentar a despesa nuns descomunais 750 milhões de euros por ano. O estudo até explica a sensatez da redução do tal limite máximo. Quem lançou o número estratosférico, como despesa e nunca como investimento, foi, recentemente, o presidente do CNE nestas jornadas do seu partido, o PSD.
Agora, na introdução ao estudo, David Justino inscreve uma frase (2016:06) que me recorda aquelas personagens, com uma espantosa capacidade de sobrevivência, dos romances sobre o Médio Oriente que, misteriosamente, aparecem sempre do "lado certo":"(...)A manutenção do controlo burocrático e centralizado da constituição de turmas deveria naquele contexto dar lugar a um critério mais geral de distribuição de recursos cuja afetação seria da inteira responsabilidade das escolas e agrupamentos, em função das características dos seus alunos e das opções de desenvolvimento educativo consagradas nos seus projetos educativos(...)".