do cavaquismo à génese do caciquismo
É surpreendente e inédito ler Cavaco Silva a definir o perfil do próximo presidente. É estranho porque não se espera isso de quem exerce um cargo público. Mas a escola cavaquista, a que aludi aqui, tem os tais tiques do caciquismo. Desde logo, a ideia de sucessão com a exigência de bênção. Francamente: tanta falta de clarividência já é patologia.
Nem na economia o PR apresentou créditos. Às tantas, escreveu o prefácio num daqueles dias em que um indicador, o do crescimento económico, por exemplo, deu um qualquer e ténue sinal de vida. Querem ver que ainda vai determinar que se legisle o voluntariado dos ex-presidentes para que a nação, e na sua douta e insubstituível inspiração, se tranquilize? Mas não há quem lhe aponte a sucessão de erros de análise e de retrocessos civilizacionais e organizacionais?