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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

do caos nos concursos de professores

13.09.14, Paulo Prudêncio

 

 

 

Sim, a utilização do substantivo caos não é exagerada. O silêncio que vai imperando talvez se deva ao desconhecimento do caos, mesmo por parte de professores (uma percentagem elevada já não concorre e tem sido devastada por outras matérias), e à degradação mediática e constante da imagem da escola pública.

 

Haverá, no presente desvario, incompetência com o software e quiçá com o hardware que "crasha" com os acessos.

 

Mas há também um braço que não se deixa torcer por parte dos "empresariais" que desgovernam o MEC há cerca de uma década: aceitar como boa a ideia de lista única por graduação profissional, com manifestação de preferências (hierarquização dos código das escolas ou agrupamentos) por zona pedagógica. A ser assim, seria a eliminação do ruído com os meios que existem.

 

À opção pela lista-graduada-sem-mais aplica-se o mesmo que à democracia em relação aos outros regimes: "a democracia é a pior forma de governo imaginável, à excepção de todas as outras". Mas isso seria uma derrota impensável para o arco que paira sobre a 5 de Outubro e a 24 de Julho e uma cedência aos professores que o repetem à exaustão.

 

A má burocracia do MEC acrescenta sempre uma qualquer incompetência política por lidar mal com a ideia de lista graduada.

 

Desta vez, a lei da "Bolsa de Contratação de Escola" atribui 50% à graduação profissional e 50% aos tais 3 subcritérios (avaliação curricular), entre os 149 encontrados pelo MEC, definidos para cada horário. A graduação profissional (classificação profissional + tempo de serviço) tem um tecto real de cerca de 43 valores e a avaliação curricular um exacto de 100 pontos (por exemplo: (43 da 1ª + 100 da 2ª) / 2 = 71, portanto, a 1ª vale 30% no máximo). Como se acha a média entre as duas variáveis, desaparecem os 50% para cada uma definidos na lei e os candidatos vêem a classificação mudar de horário para horário. Era mais uma festa se não atingisse a dignidade de milhares de pessoas.

 

 

 

 

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