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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

(Des)Espera-se Por Correcções

01.11.20

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Não vou regressar ao texto (25.09.2020) "porque falham historicamente as nações com turmas numerosas", mas sublinhe-se que na Europa, e projectando para a actualidade, falham mais as do sul e do centro. Como se vê nos mapas da covid-19, as crianças, os jovens e os jovens adultos integram naturalmente os grupos onde sobe mais o número de infectados. Também não vou repetir o essencial de popostas simples para os tais 3 c´s (distanciamento físico, espaços fechados e ajuntamentos) a pensar na saúde, na economia (e na aglomeração nos transportes e nas fábricas) e no não regresso ao confinamento total: desdobramento de turmas, desde logo no secundário e terceiro ciclo, e descentralização de intervalos.

Antes de mais, quero convencer-me que a imunidade de grupo não fez qualquer espécie de escola na Europa; e sem testes nos sectores mais expostos. Aliás, repita-se que a OMS a considerou uma "falácia perigosa sem evidências científicas". Foi facilitada tragicamente nos EUA e no Brasil, e numa fase inicial também no RU, e, pelo que se vai lendo, os suecos fundamentam-se mais na distância física.

Mas o que considerei arriscado na abertura do ano lectivo não foi apenas a falta de gradualismo. A apreensão deveu-se também aos sinais de relaxamento e à habitual acomodação na escola a tempo inteiro com exclusividade assistencialista. Repare-se que o ministro do sector anunciou (30 de Maio de 2020) um "ano letivo 2020/21 mais longo e com pausas menores", em vez de legislar interrupções a cada quatro semanas para desinfecção de instalações, oxigenação emocional do universo escolar e alerta contra o relaxamento de procedimentos. E ainda acentuou as perplexidades ao declarar (6 de Maio de 2020) que trabalharemos para ter um corpo docente robusto". Nada se fez, obviamente, nesse sentido, não existe qualquer cuidado especial com quem está horas em salas apinhadas nem sequer à medida que os casos vão surgindo. Aliás, e para além dos atrasos no digital escolar, até as "ajudas de custo a professores deslocados ficaram na gaveta" (29 de Outubro de 2020) numa fase em que se já se conhecia a agudização da estrutural falta de professores e também se sabia que as ajudas de custo seriam fundamentais para que os insuficientes candidatos que restam se deslocassem para locais com rendas de casa elevadas.

Agora que a casa "voltou a arder", fica o registo de medidas que corrijam a médio prazo porque, e pelo que se lê, as infecções (e os internamentos) das próximas semanas já estarão transmitidas.

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