Desconfiar da Desconfiança
O texto "foi fatal desconfiar dos professores" proporcionou vários debates. É evidente que o parágrafo seguinte não exclui os professores:
"A bem dizer, a transição para o digital acentuou a IOP. Agravou-se com os mega-agrupamentos de escolas. O aumento da escala da gestão "exigiu" plataformas digitais totalmente preenchidas, com a ilusão de um controlo não contrariado pela avaliação externa das escolas. Buscando um pequeno exemplo perceptível, inseriram-se os horários dos professores em plataformas digitais e os sumários (a sua existência é um modelo de IOP) têm um limite temporal para o preenchimento em ambientes de exasperante lentidão ou de interrupção de servidores e de sinal de internet. Para lá do prazo, exige-se a justificação. Interrogar-se-á o leitor: mas é aí que se marcam as faltas dos professores? Não. As faltas são, e bem, sinalizadas por assistentes administrativos e operacionais. É, portanto, um ambiente de inutilidades diárias que desgasta e contribui para o tão estudado burnout."
Alega-se que são professores quem institui estes procedimentos. Claro que são e ocupam as funções mais diversas no sistema educativo. Não adianta entrar em pânico com a falta de professores e depois não estudar as causas. Aliás, o essencial remete-nos para a imagem (encontrei-a no blogue a Escola Portuguesa) e para a frase que inseri.