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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Das Responsabilidades e da Confiança

21.11.20

Em 26.09.2020, publiquei o texto "Porque falham as nações com turmas numerosas". A páginas tantas, escrevi assim: (...)Até se criam instituições para alargar a representatividade, só que rapidamente passam a ilusões. Transformam-se em câmaras de eco mediático de quem governa. É assim nas nações que falham. Nesta fase, salientam-se as diligentes organizações de dirigentes escolares (é um exercício temporário que representa 0,8% dos professores e que, pasme-se, já vai em três espécies de associações) e de encarregados de educação. Têm a palavra mediática ajustada sobre tudo o que é didáctico, científico e organizacional. Para se perceber melhor, e pensando na actualidade, é como se na saúde, e quando se mediatizam actos médicos, infecções e epidemias, não se ouvissem especialistas, ordens e sindicatos, mas o dirigente hospitalar e o profissional dos utentes e amigos dos hospitais. Acima de tudo, se o ensino tivesse representação institucional inclusiva, era difícil avançar com propostas destinadas ao insucesso, havendo soluções estruturais, exequíveis e sustentadas para o problema. A redução de alunos por turma foi reprovada no parlamento, mas os papéis partidários satisfizeram os desígnios populares e anularam um imperativo que é um indicador inclusivo para o sucesso das nações a médio e longo prazos, e uma componente crítica decisiva em tempos de pandemia."

E nem de propósito e a pensar nos dados que se vão conhecendo desde quinta-feira: os dirigentes escolares e de encarregados de educação referidos no texto apressaram-se, na semana passada, a navegar a crista da onda dos números que indicavam os locais de contágio por covid-19 com percentagens de 3% para transportes, escolas e fábricas. Asseguravam a quase ausência de infectados nas escolas (sem testes em escala apreciável, sem uma rede de rastreios eficaz e sem se questionarem sobre assintomáticos). Os alunos e as suas famílias, e também obviamente os profissionais da educação, não se tranquilizam com declarações assim de quem teria a obrigação de proteger os ambientes escolares.

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