das atitudes de varoufakis
No dia seguinte à histórica vitória do não, Varoufakis demite-se com a seguinte argumentação:
"Considero ser meu dever ajudar Alexis Tsipras a explorar o capital que o povo grego nos deu através do referendo. Irei arcar com o ódio dos credores com orgulho".
Estes gregos não páram de dar lições. É, realmente, um sinal de esperança. Há dias escrevi assim:
"É inigualável a grandeza de quem não se verga para não perder a liberdade. Percebeu-se, desde logo, que os governantes gregos não tinham descido do Olimpo e que estavam determinados a enfrentar a dívida colossal e os indicadores de miséria da Grécia. Revelaram-se preparados para ir ao casino da banca alemã e francesa (não esqueçamos os "Goldman Sachs") e jogar contra os DDT's deste mundo correspondendo ao apelo dos europeus que, contudo, consideravam o combate impossível e destinado ao fracasso na primeira esquina. Os governantes gregos estão a enfrentar o fim da história decretado pelo Eurogrupo. Compreendo os avanços e recuos e desejo que sejam bem sucedidos. Estão a tentar e não se refugiaram nos prognósticos no fim do jogo nem no "não há nada a fazer". Sem precipitações, os casinos assim o exigem, esperemos pelos próximos lances."