das agências de raiting e do espaço para a demagogia
"Moody´s melhora perspectiva da dívida portuguesa". O gabinete de Centeno considera que "esta decisão da Moody's vem juntar-se a um crescente reconhecimento por parte de vários actores institucionais e privados quanto à solidez da economia portuguesa". A Moody´s passou Portugal de "estável para positivo, ainda dentro do "lixo"". É uma escala de avaliação risível.
Mudou o discurso mediático à volta das agências de raiting (AR). Os neoliberais, sempre muito pró-AR para justificarem cortes nos do costume, empalideceram e ajustarão o discurso: culpavam os dos costume pela descida da nota e continuarão a culpá-los pela fraca subida. Enfim. Nada do novo. Quem defende uma Europa mais plural, e deseja que Portugal seja bem sucedido, gosta da notícia. Sorri com o silêncio dos ideólogos do "Compromisso Portugal" e não aprecia qualquer viragem posicional em relação às AR. As AR já não são instrumentos do neoliberalismo? Na minha modesta opinião, são. A existirem, não devem ficar "isoladas" nem ser endeusadas. Por outro lado, as oscilações de partidos parlamentares abrem espaço à demagogia. As AR representam uma ideia de mercado que aplica coletes de forças ao financiamento dos países. Continua por construir, nas democracias ocidentais, uma alternativa sustentável que passará pela autonomia energética associada ao ambiente, pela compatibilização da robotização com o financiamento das políticas sociais e pela solidez da banca, pública e privada, e do crescimento económico.