Da Solidão Dos Professores
Há dias escrevi assim: "(...)Os professores são muitos e os credores do país, através da UE, sublinham a condição de protectorado muito endividado. Nada mudaria se PSD e CDS formassem Governo e BE e PCP syrizavam se não "amadurecessem". Os professores, que estão irremediavelmente sós, ainda respiram, apesar de serem o grande problema da nação e o único motivo que justifica dramáticas eleições antecipadas e coligações de pasmar.(...)"
Digamos de outro modo: em qualquer fórmula governativa, a recuperação do tempo de serviço nesta legislatura teria o mesmo destino. A direita evocaria uma qualquer impossibilidade financeira e a esquerda simularia, e simulou, que estaria favorável. O objectivo da esquerda era apenas impedir a fuga de votos, como se verificou na assinatura parlamentar de Outubro de 2017 (em que PS, PCP e BE, (e claro Verdes, PAN, PSD E CDS) e depois em acordo com os sindicatos, acordaram uma recuperação total que sabiam que não se cumpriria; todos sabiam). A realpolitik explicaria: um voto nos três partidos que sustentam o Governo é um voto no Governo e na sua continuidade. E isto é independente de se acreditar que a actual solução governativa é a mais adequada para o país (melhor do que qualquer maioria absoluta ou Governo de direita) e que deve continuar.