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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

da realpolitik e das presidenciais - 1

27.01.16, Paulo Prudêncio

 

 

 

Independentemente do efeito eucalipto à direita provocado por Marcelo, era expectável uma segunda volta. Não aconteceu por 2,5%, se tanto. Por muitas análises que se façam, há uma responsabilidade objectiva do PS nesse facto. Maria de Belém, com todo o direito a candidatar-se, obviamente, surgiu aos olhos dos eleitores como a anti-costistas apoiada pelos "seguristas" (digamos assim, porque não sei se esses legados existem). Partiu com 16 ou 17% e finalizou com 4%. Para onde foram os cerca de 12% dos votos? Uma parte significativa para Marcelo e ponto final. Não tivesse sido assim, estaríamos a disputar uma segunda volta e nunca se sabe o que aconteceria.

 

O que aconteceu com Maria de Belém? Se partiu com o apoio dos "seguristas", perdeu-o a meio da caminhada porque não quis assumi-lo. Como esses eleitores eram anti-costistas, tornaram-se anti-Nóvoa e votaram em Marcelo. Foi pena que não tivessem apoiado Sampaio da Nóvoa. Em consciência, era natural que o fizessem. O que é mais risível e incompreensível (para quem observa de fora), é que, na vigência de Seguro à frente do PS, António Sampaio da Nóvoa coordenou as principais acções da Educação, teria apoio para as presidenciais e não interferiu minimamente na luta interna dos socialistas. Ou seja, Sampaio da Nóvoa foi "vítima" da desorientação no maior partido do centro esquerda. Aliás, a confusão ideológica marca a história recente do PS e olhar para as políticas da Educação ajuda a compreender o fenómeno. Mas isso fica para um próximo post.

 

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