da insuportável exclusão de alunos e professores
Nos concelhos onde impera a lógica do mercado selvagem da Educação, o tal público-privado financiado pelo Estado, há um bocado de tudo para que qualquer um se envergonhe: exclusão de alunos com necessidades educativas especiais ou dificuldades de aprendizagem, critérios de matrícula que ignoram a boa utilização das infra-estruturas existentes, publicidade enganosa, professores contratados precarizados, professores do quadro em estado de desconsideração profissional e por aí fora.
Há quase uma década que o plano inclinado da profissionalidade dos professores é uma evidência. À desconfiança traduzida num inferno de burocracia, acrescentaram-se cortes a eito que provocaram o aumento de alunos por turma, o aumento dos horários dos professores e os cortes curriculares que deixaram milhares de professores sem serviço lectivo. Não é de estranhar que qualquer estudo aponte para uma espécie de quadro negro "em que nove em cada dez professores sente que é desconsiderado pela sociedade". Dá ideia que os últimos governos têm apenas um único objectivo: provocar uma onda imparável de "fugas com penalização".
Recordemos, por exemplo, as declarações de um SE do MEC em 25 de Janeiro de 2014 e estejamos atentos.