da fragilidade das fronteiras
RS defendia a herança empresarial: "a empresa no tempo do meu avô já era uma organização democrática em plena ditadura" e argumentava em detalhe no fórum TSF. O interlocutor duvidava, com ênfase na impossibilidade perante um regime totalitário.
Tendo a concordar com RS. Não existem organizações em abstracto. Dependem das circunstâncias, claro que sim, mas também das pessoas que dão corpo aos fenómenos. Por outro lado, não existem barreiras tão sólidas que impeçam "desvios". Quantas vezes não nos cruzamos, mesmo em democracia, com organizações com um conjunto de tiques que nos levam a concluir: se entramos numa ditadura, estará de imediato na primeira linha. Parece-me que estas fronteiras são frágeis e isso reforça o cuidado que se deve ter na preservação e aprofundamento das democracias onde, e em princípio, é mais difícil desrespeitar os elementares princípios de justiça e liberdade.