da evolução da democracia?
Vê-se ainda melhor nestas alturas: a coligação, ou frente, de direita alberga radicais, extremistas que usam argumentação ao nível de uma Aurora Dourada ou Frente Nacional e não é de agora. Para além disso, e naturalmente como nos partidos, ou nas organizações, com muitos anos de poder, integra corruptos comprovados e predadores do orçamento de Estado entre os seus apoiantes ou antigos (seguramente nesses) dirigentes. As bancarrotas têm esse cunho e não é por acaso que somos o país das desigualdades. As oligarquias nacionais revelam uma habilidade sem fim conseguindo, como se viu com o GES, estabelecer acordos até com "as troikas". Com este quadro traçado pela sensatez, como é que o mainstream continua a excluir as esquerdas das soluções governativas? Bem sabemos que na estratosfera não convém partilhar recursos "ilimitados" com "desengravatados", mas parece-me que esse registo vai caducando com uma enorme paciência. Claro que as esquerdas também têm que fazer a sua parte de governabilidade como demonstrou o Syriza; e mesmo com trapalhadas consideradas impensáveis para deuses e milagreiros, os eleitores gregos reconheceram que a guerra raramente se ganha numa só batalha.