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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

da dívida como um muro

11.03.14, Paulo Prudêncio

 

 

 

A reestruturação da dívida pública é, há muito, um género de muro. Há uns quantos que mudam de lado porque já não vêem margem para mais sacrifício nos do costume: funcionários públicos, pensionistas e todos aqueles que não fogem a impostos ou que estão sem emprego.

 

Mas mais: os notáveis, que já incluem consultores de Cavaco Silva, sabem que o grupo que paga a crise não tem qualquer responsabilidade no despesismo e que os beneficiários da dívida são os mesmos que capitalizaram na sua construção através da "institucionalização" da carteira de rendas que capturou o Estado e do apelo ao consumo desenfreado. Começa a ser sei lá o quê que suguem a dobrar ou a triplicar. A coisa pode mesmo descambar, claro.

 

É natural que Passos Coelho defenda os seus: os beneficiários da dívida. Disse-o desde o início e cumpre paulatinamente a missão. Também é natural que o PS se enrole na semântica e prefira a "renegociação" já que a sua vida interna é o que se imagina.

 

Mas há um dado inquestionável que é do género que costuma antecipar a queda dos muros: o discurso dos notáveis, dos consultores de Cavaco e dos adeptos da "renegociação" passou para o lado dos outrora radicais. E já se sabe: Cavaco Silva é muito cauteloso e sempre acertou no totobola à segunda-feira.

 

 

 

 

 

 

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