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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

da desistência do papel - episódio 1

16.03.14, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

É o segundo fim-de-semana sem os jornais impressos. A ideia não me agradou, mas a sustentação dos banqueiros tem as suas exigências. Por outro lado, se pagamos os jornais digitais e os seus sites e se optámos pelos ipad´s, não há altruísmo que justifique financiar o papel. Mas não é fácil. Vamos ver se resistimos.

 

Tenho algum histórico. Era um leitor do trissemanário "A bola". Em Moçambique cada exemplar devia ser lido por umas quarenta pessoas (gosto do quarenta). Quando o jornal passou a diário, só o comprei na primeira semana. Desisti de vez do "A bola" e não regressei. A excelência do trissemanário é um retorno impossível.

 

A qualidade dos jornais de fim-de-semana (o Público impresso deixou de ser, há uns dois anos, um diário obrigatório) tem alguma similitude com a história do "A bola". Deixo alguns registos do digital. A comunicação social está mesmo em crise e desorientada, apesar da excelência dos seus profissionais.

 

Vejamos.

 

Perante as sondagens que se apresentam, só mesmo num país em bancarrota se pode considerar que o Governo ainda tem apoio popular. Não há consenso mais evidente do que o seguinte:

 

 

 

 

 

Uma imagem do céu em que se movem o mainstream e a malta das prescrições. A festa continua, está abençoada e já tem helicóptero.

 

 

 

 

O enaltecimento de uma espécie de esperto útil com benefícios próprios acentuados.

 

 

 

 

 

 

Um político que se refere aos outros como "gente" não pode ser grande coisa. Mas fazer disso crónica...

 

 

 

 

 

Querer que se ignore o tal de manifesto só pode estar ao alcance dum jovem eterno?

 

 

 

 

 

 

O caso do papa Francisco é de uma parolice risível.

 

 

 

 

Sim; os portugueses estão saturados. Os professores já nem querem ouvir ou ler notícias más. Mas não se iludam. Ouvi isso no ano lectivo passado com frequência e no verão os professores lutaram como nunca.