da crise vigente e da corrupção denunciada por stiglitz
Os EUA exportaram, segundo Stiglitz, o seu modelo de corrupção e a Europa adoptou essa meritocracia: a dos interesses e do monetarismo que aniquilou a do currículo, dos programas, das ideias e dos projectos. E os europeus foram de tal forma impregnados que as oligarquias nasceram como cogumelos até nos confins dos territórios.
É também isso que explica muita da corrupção que nos afundou e que se ligou aos aparelhos partidários e às campanhas eleitorais. Há muito que a as vitórias eleitorais nos EUA se medem pela quantidade de fundos. Até a de Obama ficou ligada a esse pragmatismo com um inédito financiamento popular.
Em Portugal também foi assim. Houve presidentes da República que o denunciaram com veemência, mas a máquina estava tão imparável que só estremeceu quando se estampou contra o muro da bancarrota. A exemplo da frieza não contemplativa da diplomacia internacional, também as máquinas partidárias não olharam a meios nem a solidariedades. Não é por acaso que Soares, repito, se indigna com a singularidade da prisão de Sócrates, embora uns poucos, como Duarte Lima e afins, já tenham caído numa espécie de desgraça.
Museu Guiness (a mandante da cidade?). Dublin. Agosto de 2013.