crato já não tem mais pés nem mãos para baralhar
N.Crato já mete os pés pelas mãos nas mais variadas posições e desta vez nem se pode refugiar na questão financeira para além da troika. Deixou cair as componentes específicas da prova de avaliação de conhecimentos e capacidades dos professores contratados e fica-se pela componente comum numa espécie de prova geral de acesso ao ensino superior que há uns anos conseguiu um estatuto menos ridículo antes de cair com estrondo. N. Crato entrou em contradição uniformemente acelerada.
A propósito da "excelência no ensino" segundo a mente dos Lurditas D´Oiro, recordo uma passagem de um texto, no Público, de Desidério Murcho que publiquei no Correntes, neste post de 11 de Junho de 2008 que inclui uma troca de comentário com o autor, e que tenho a certeza que o discurso enganador e de Eduquês II de Crato subscreveria.
"(...)Um bom professor, seja de que matéria for, tem de dominar até à letra H se leccionar até à letra D. Não pode dar-se o caso de andar a leccionar até à letra H dominando apenas as matérias até à letra D. Mas não se deve encarar como escandaloso que um professor não tenha os conhecimentos que devia ter. Afinal, o mundo não é perfeito e as universidades que os formaram também não. O que importa é partir dessa realidade e fazer algo que seja construtivo. E o que há de construtivo a fazer é, cooperando, criar estruturas que permitam que quem sabe mais e conhece melhor as bibliografias relevantes possa partilhar os seus conhecimentos com os colegas. Enquanto na escola não houver uma atitude de genuína partilha de conhecimentos, o ensino será só a fingir(...)"