concursos, vagas negativas e mercado escolar
Abriu o concurso interno de professores e as "inúmeras" vagas negativas têm uma qualquer relação com o mercado escolar. A regra, para o apuramento de vagas, do actual MEC considera 25 horas lectivas para os lugares do 1º ciclo e 22 para os do 2º e 3º ciclos e do ensino secundário. Como existem reduções e outras situações análogas, para além dos cortes a eito de Nuno Crato, as vagas negativas subiram em flecha (o Arlindo Ferreira apura-as aqui) e nem há 3 anos os ultraliberais embriagavam-se com 50 mil professores para a mobilidade.
Sejamos claros e peguemos num exemplo: se num grupo de recrutamento (antes da militarização taylorista designava-se disciplinar) existem 4 vagas negativas, só se 5 lugares ficarem vagos é que alguém é colocado nessa escola. Como se sabe, nada disto se relaciona com mobilidade especial e por aí fora. Só quem quiser jogar grãos de areia para as retinas menos atentas é que pode encontrar outra consequência.
Um dos concelhos mais mediatizados na relação público-privado do mercado escolar é o das Caldas da Rainha. Nem por acaso, o ranking das vagas negativas coloca um dos seus agrupamentos destacadíssimo em primeiro lugar. Os defensores, mesmo que em voz oculta e articulada, da situação vigente alarmam-se e lá terão construído as tácticas. É muito embaraçoso para a existência das cooperativas de ensino um número elevado de vagas negativas. Aliás, e a par do já descrito neste post, é a conclusão que resta.