até a troika se beliscou
Nuno Crato disse, hoje no parlamento, que não "há compromissos com a troika para a Educação" para o que vem aí. Pudera. Até a troika deve ter ficado pasmada com a falta de peso político de Crato que permitiu que os cortes a eito neste sector tivessem sido o triplo do acordado.
Há um detalhe, o público-privado na Educação, que entrou de vez na agenda mediática e que embaraça o actual ministro. Como se sabe, uma das primeiras medidas do exercício de Crato foi o aumento do valor por turma nas escolas cooperativas financiadas pelo Estado. Os jornalistas estão atentos e questionam o ministro sobre a abertura de turmas no próximo ano lectivo e sempre com o Oeste na mente. No caso que conheço melhor, as Caldas da Rainha, os colégios existentes sobrelotaram a oferta também no ensino secundário (algo que nem sequer estava previsto na escola pública que não foi construída para dar lugar a uma escola do Grupo GPS) e, no mínimo, espera-se que comecem por encerrar a abertura de turmas neste nível de ensino. Veremos qual é o "mínimo possível" a que se refere Nuno Crato.