as "elites sábias", a falta de pachorra e a explicação para a bancarrota
Está um belo dia de sol e ler numa esplanada à beira-mar retempera. Passava os olhos pela entrevista a Marçal Grilo, ex-ministro da Educação que designou a interdisciplinaridade como motor do currículo, e nem a bênção atmosférica e paisagística sossegou alguma indignação.
Ora leia este bocado.
Revista do Público
A entrevistadora, Maria João Avilez, é "sábia". Há muito que sabe as mesmas coisas e que as repete. Por mais que os resultados do PISA (Programme for International Student Assessment), do TIMMS (Trends in International Mathematics and Science Study) e do PIRLS (Progress in International Reading Literacy Study) demonstrem o contrário do que a senhora inculcou no pensamento, a entrevistadora continua com a firme convicção de que apenas os seus inúmeros "sobrinhos", que são, todavia, uma minoria da população, têm acesso ao discurso do entrevistado que enunciou três áreas como fundamentais. Marçal Grilo não só não contrariou as ideias que realcei a vermelho, como desenvolveu uma teoria curricular muito própria e com patamares redundantes. Têm razão, realmente, os que dizem que a bancarrota era o que nos esperava.