Afinal, a EBI das Caldas da Rainha era na Finlândia
Afinal, a EBI de Santo Onofre (1º ao 9º ano) era, até 2009, na Finlândia. Não havia campainhas, as portas funcionavam no "modelo porta aberta sem chaves", os professores faziam uma gestão pedagógica (escolha do momento de intervalo) das aulas de 90 minutos e estimulavam o uso das tecnologias. O tempo para intervalos era fundamental, o sistema de gestão da informação era totalmente integrado e simplificado e apontado como uma referência pela IGE e por empresas especializadas. A gestão de orçamentos, por exemplo, era exportada em tempo real para o site (garantia de fiscalização) e as despesas liquidadas em trinta dias. A escola era inclusiva para os alunos (escolha de acordo com a residência, como na Finlândia), para os professores e para os outros profissionais e certificava muito bons resultados escolares com números residuais de insucesso escolar, com ausência de processos disciplinares e de mecanismos desadequados de promoção do mérito escolar; como na Finlândia. E ficava uma boa hora a detalhar indicadores "finlandeses". A escola vivia em ambiente democrático; a democracia também se ensina, pelo exemplo, e aprende na escola. Li que, ontem, a RTP1 "passou uma reportagem, programa "Linha da Frente", comparando o nosso sistema escolar com o finlandês". Acabei de ver pela box. O sistema português parou no tempo. Mais do que isso: retrocedeu, nomeadamente, como é o caso, com o organograma dos agrupamentos. Há uma inércia irreflectida. Há, como se viu na reportagem, algum oxigénio em Carcavelos, mas teme-se que os restantes modelos apresentados sejam maioritários.