a verdade dos números
"A austeridade nas escolas teve o triplo da dose prevista e os cortes a eito nos últimos três anos atingiram os 1100 milhões de euros", é uma conclusão que só surpreende os fanáticos ideológicos para quem a escola pública é uma espécie de mal necessário e um desperdício. E o pior é que as nossas "elites" estão impregnadas desse espírito (é antiga a agenda do "tudo está mal na escola pública") e suportaram ministros da Educação, como Crato, Lurdes Rodrigues ou Justino, que se concentraram, respectivamente, em pensamentos plastificados como "cortes a eito para fazer mais como menos", "engenharias sociais e financeiras num modelo que agradaria à Venezuela de Chavez" ou "ganhos de eficiência inspirados em João Rendeiro do BPP".
Mas Crato superou tudo o que existia ao transformar-se num subsecretário adjunto das finanças com intuitos, como se comprova, para além da troika. Será premiado com uma qualquer fundação ou com um cargo com ampla projecção internacional.