da redução de alunos nas escolas ditas privadas
Encontrei um encarregado de educação de um aluno que vai para o 5º ano de escolaridade e que tinha acabado de ver a RTP1 (colo o texto da notícia que integra este link - está lá um vídeo - mais abaixo). Depois da conversa lamentou a desatenção, mas as suas interrogações andaram à volta do seguinte: "mas o colégio do Grupo GPS aqui da cidade (Caldas da Rainha) não é privado? Afinal é o Estado quem paga as propinas? E dá lucro? E os professores são contratados sem concurso"
A comunicação social continua a fazer eco da decisão do MEC em reduzir 64 das 1809 turmas que integram as cooperativas de ensino. São alunos financiados integralmente pelo Estado, embora a declaração que vai ler ou ouvir baralhe os menos atentos.
Diz-se que será uma redução de 1100 alunos. Bem. Se, e a exemplo das escolas públicas, as turmas tiverem 30 alunos, 64 turmas obrigarão a uma redução de 1920 alunos. 1100 alunos é o produto de 44 turmas vezes 25 alunos no máximo.
Como sempre se disse, as escolas públicas têm capacidade comprovada, mais ainda depois dos cortes a eito para além da troika, para receberem os alunos que frequentam as escolas do ensino cooperativo. Há inúmeras escolas públicas sublotadas, com professores sobrecarregados e com outros com horário zero e com turmas com 30 alunos. Se isto não é de uma rede escolar "ensandecida", então já não existem palavras para explicar a nossa bancarrota a quem nos visite.