"a luz dos astros, essa não morre"
(imagem com autor desconhecido)
Uma lâmpada cheia de azeite vangloriava-se,
uma noite, perante os que passavam ao pé de si,
que era superior à estrela da manhã,
pois projectava uma luz mais forte que todas.
De repente, sacudida por um sopro de vento
que se levantou, apagou-se. Alguém, que a reacendeu,
disse-lhe: "Brilha, mas deixa-te estar calada, ó lâmpada;
a luz dos astros, essa, não morre".
Bábrio
Antologia da Poesia Grega Clássica (2009:465).
Tradução e notas de Albano Martins.
Lisboa, Portugália Editora.
(1ª publicação em 28 de Novembro de 2010;
desta vez é dedicada ao meu amigo Gil,
astrónomo amador e residente em A-dos-Francos,
que morreu em 25 de Novembro de 2017, e também ao
Zé Pedro (1956-2017) dos Xutos & Pontapés.)