a culpa será dos marcianos
Essa coisa da falta de prestação de contas tem sempre um efeito boomerang a que nem a Comissão Europeia escapa.
Há uma constante no que levamos de milénio: os políticos em exercício de cargos seguiram os ultraliberais do poder económico e acusaram os grupos profissionais a abater de não prestarem contas e de serem grandes despesistas. Como panaceia, montaram ardilosos monstros burocráticos para avaliar o desempenho e exigir accountability (como gostavam de repetir).
Perante a hecatombe de 2007 e uma vez escancarada a corrupção que perpetravam ou apoiavam, situam-se longe da responsabilidade. Há dias foi Durão Barroso a abandonar o barco para ver se continua a navegar; numa aparente contradição, não se coibiu de culpar o BPN, o BPP e as PPP's como quem não tem qualquer conta a prestar; nem política. Agora mandata a Comissão Europeia para proibir Portugal de usar fundos estruturais para estradas. É uma festa. Barroso quer convencer os marcianos que nada tem a ver com a fuga europeia para a frente em 2008, através de despesa descontrolada, nem com tantos episódios do género; anteriores e posteriores.
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