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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Sintaxe e semântica

27.04.16, Paulo Prudêncio
          O texto de John Searle que se encontra no livro "Mente, Cérebro e Ciência" pode ajudar a explicar o desinvestimento (que também se expressa nas inutilidades que o poder central exporta incessantemente) na escola pública em Portugal. Fica-se com a ideia que os sucessivos governantes não conhecem a semântica que envolve as escolas (...)

recuemos a 2013 para explicar a polémica dos alunos por turma

04.04.16, Paulo Prudêncio
      Têm-me solicitado que explique melhor os mais 750 milhões de euros por ano motivados pela redução de alunos por turma.   Imaginemos que, em 2013, Nuno Crato não era ministro e se candidatava a director de uma escola. Com o modelo em curso, Nuno Crato, para quem "uma turma com 30 alunos pode trabalhar melhor do que uma com 15. Depende do professor e da sua qualidade", teria todo o apoio do

a memória para além de Rodrigues&Crato

14.02.16, Paulo Prudêncio
        As condecorações mediatizaram um regresso indignado aos legados de Lurdes Rodrigues e Nuno Crato. Bem sei que a memória é ainda mais curta na democracia mediatizada, mas o apoio incondicional do ainda PR às duas tragédias comprovadas terá uma qualquer relação com o ex-MEC David Justino que iniciou a queda da escola pública.   Para quem não se recorda, o exercício de Justino incluiu o primeiro abalo sério na imagem da escola pública com um concurso de (...)

tal Lurdes, tal Crato

12.02.16, Paulo Prudêncio
      No dia em que N. Crato e L. Rodrigues são condecorados, e desculpem-me voltar a estas figuras, o primeiro desdobra-se em entrevistas e revela uma continuidade política que explica alguns enigmas. Lurdes Rodrigues olhava para o sistema como um grande primeiro ciclo e infantilizou-o. Numa decisão inevitável e positiva, alargou a escolaridade obrigatória até ao 12º ano e originou o maior aumento da história de alunos no ensino secundário nos anos seguintes.   Chegou Crato (...)

Impressiona-me, sinceramente que me impressiona

12.02.16, Paulo Prudêncio
        Impressiona-me, sinceramente que me impressiona, a interminável indignação mediática à volta da supressão de uma prova final (vulgo exame do quarto ano) para as crianças. Desconfio que o eurogrupo discutirá essa eliminação como ponto prévio ao orçamento português ou mesmo à crise financeira alemã, também orçamental e da bancocracia, responsável pela investida dos mercados à zona euro.   Até Crato, e a propósito de uma condecoração presidencial à sua (...)

supressão dos exames das crianças cria alvoroço nas escolas

25.01.16, Paulo Prudêncio
        As escolas estão em alvoroço com a supressão dos exames industriais (Crato, num momento de rara lucidez, denominou-os por prova final) das crianças (9 e 11 anos) inventados de supetão, e sem ouvir ninguém, em 2011. Professores, alunos e pais já pensavam em Guterres e na ONUpara que o calendário tivesse mais um mês por ano de forma a atenuarem a falta de aulas com ritmo durante seis meses nas disciplinas, a maioria, que Crato considerou não estruturantes (conceito (...)

Das alterações nos exames do ensino básico

10.01.16, Paulo Prudêncio
      Precisemos alguns argumentos: o sistema foi sujeito durante quatros anos a políticas de radicalismo ideológico para além da troika e é natural que o período seguinte seja de eliminação desse desastre cratiano. Como o processo cratiano sucedeu à tragédia lurdiana, calamidades comprovadas e confessadas, as mudanças urgentes são inúmeras. Seria incompreensível a imutabilidade.   Por que será, então, que a escola portuguesa está permanentemente em ebulição reformista? (...)

os institucionalistas que me desculpem

10.01.16, Paulo Prudêncio
          Desde os sofistas e de Aristóteles que se sabe que a política é também a arte da mentira. Proclamar A e o seu contrário é o modo de ser dos institucionalistas que nos empurraram para onde estamos. O branqueamento da corrupção e a eliminação da memória são consequência e causa de primeira grandeza. O refúgio na "amizade" é o argumento que esconde a obstinação da oligarquia.   Embora com contornos diferentes do já referido, não se percebe, por (...)

sintaxe e semântica

26.12.15, Paulo Prudêncio
                        O texto de John Searle que pode ler mais abaixo, e que se encontra no livro "Mente, Cérebro e Ciência", ajuda a explicar o desinvestimento (que também se expressa nas inutilidades que o poder central exporta incessantemente) na escola pública em Portugal.   Fica-se com a certeza que os sucessivos "habitantes" do MEC não conhecem a semântica que envolve as escolas portuguesas: ficam, quando muito, pela sintaxe.

seis ideias a propósito dos exames do 4º ano

12.11.15, Paulo Prudêncio
      Concordo que se eliminem os exames do 4º ano e sem tibiezas. Mas não chega, embora essa decisão tenha um efeito dominó.   Primeiro: só em sociedades ausentes é que estes exames abrem telejornais e andam pelos parlamentos como disputa ideológica.   Segundo: as crianças transportam quatro responsabilidades em provas com este enquadramento: a sua, a do seu professor, a da sua escola e a do seu país (e não tarda da sua UE se os europeus descerem para sul).   Terceiro: (...)

a crueldade administrativa instalou-se nos concursos de professores

09.11.15, Paulo Prudêncio
      Os concursos de bolsa de contratação de escola (BCE), são, de longe, os mais incivilizados de toda a Europa (afirmo-o sem qualquer dúvida) e obrigam milhares de candidatos a "tropeçarem" em editais tresloucados associados a inépcias administrativas.     Quem se informar sobre o histórico dos concursos de professores concluirá que estamos num retrocesso que supera em crueldade os infernos administrativos dos finais da década de setenta do século passado. É (...)

Do após Nuno Crato

21.10.15, Paulo Prudêncio
        Do exercício de Nuno Crato ficam duas variáveis a corrigir (faliram na fundamentação, se é que ainda era preciso): alunos por turma e empobrecimento curricular. O seu ministério acentuou duas componentes críticas: degradação do estatuto dos professores (que se pagará durante muitos anos) e modelo, mega, de gestão escolar.   Lembrei-me da (...)

Crato é o marqueteiro de serviço?!

09.10.15, Paulo Prudêncio
        A campanha da (do?) PàF foi preciosa. Reconheça-se. Provavelmente, um dos membros, o PR, precipitou-se com os primeiros resultados e contagiou os especialistas a entrarem no merecido descanso. Fiquei com a impressão que Crato passou a "marqueteiro" de serviço e só por isso escapo ao prometido: não voltar a escrever sobre o sacrificado ainda ministro.   Sabe-se que Crato tem créditos, teóricos e empíricos, antigos na propaganda: digamos que políticos e (...)

do adeus a Crato

20.09.15, Paulo Prudêncio
          Começou, finalmente e só agora :), a campanha eleitoral. Os nossos calendários são, realmente, de uma complexidade tortuosa e crescente.    Espero que este seja o ultimo post sobre as políticas de Nuno Crato ainda como ministro.    Percebia-se que Crato era elitista, que tinha palas ideológicas e que não conhecia o ensino não (...)

Dos cúmulos: Crato em modo eleitoral

18.08.15, Paulo Prudêncio
      É risível o "regresso", nesta altura, da Parque Escolar.SA. O montão de euros é decidido por Bruxelas, a exemplo do que aconteceu com Sócrates na desorientação europeia no pós-crise-do-subprime. As culturas pato-bravistas, partidocratas e bancocratasaceleraram a bancarrota. Depois de tudo o que se disse na campanha eleitoral anterior sobre as obras escolares, é um momento alto do ridículo que um ministro falhado, e há muito demissionário, se preste a este papel. (...)