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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Parece que os governantes não identificam a burocracia escolar

23.05.18, Paulo Prudêncio
    Li. Voltei a ler. Francamente que me surpreendi. Ou seja, os governantes não identificam a má burocracia na organização escolar. É até estranho. Às tantas, nunca leccionaram numa escola do não superior. Se não é assim, estão mal informados ou há qualquer outra explicação. "(...)Na última reunião realizada com o Secretário de Estado (...)

Do perfil do professor

05.02.18, Paulo Prudêncio
        O perfil do professor assumirá como fundamental a competência numa parafernália de procedimentos digitais cuja (in)utilidade é um ilusório controle das salas de aula. O cumprimento de prazos insensatos reforçará o bom desempenho (associado à capacidade de fazer de conta). Essa hiperburocracia afirmará a crescente desconfiança nos professores e nivelará por baixo. Eliminará, como alguém disse, o carisma das salas de aula. Transformará as escolas em linhas de (...)

da subtracção

12.01.18, Paulo Prudêncio
        O tratamento da informação no sistema escolar não se adequa à sociedade da informação e do conhecimento. Está longe disso. Grande parte da informação obtida não é relevante para o processo de tomada de decisões, nem contribui para que os professores, principais fornecedores de informação, concentrem a energia na preparação e realização das actividades lectivas. Exige-se a alteração do que existe. Os sistemas de informação necessitam de uma grande (...)

Um imperativo com duas décadas

05.01.18, Paulo Prudêncio
        Cresce a apreensão com o silêncio sobre a plataforma digital única para o sistema escolar (a E-360). É um imperativo com cerca de duas décadas. Entretanto, continua a desordem da redundância com mais de vinte plataformas digitais. O tempo passa e a atmosfera acrescenta burnout aos profissionais que lançam informação, que se reforça com os dados não incluídos nas plataformas das empresas privadas. Mas mesmo os incluídos e devidamente tratados, como, por (...)

Da hiperburocracia escolar como causa do burnout

25.12.17, Paulo Prudêncio
        Pouco antes da mudança de milénio, o sistema escolar português começou a eliminar os tradicionais livros de ponto através de aplicações informáticas desenvolvidas, na maioria dos casos, por empresas comerciais. A prática generalizou-se e é consensual que cresceu a hiperburocracia digital (conjunto de procedimentos "exteriores" à sala de aula) como forte contributo para um dos problemas de saúde mais frequente nos professores: o burnout. Podia ser diferente? Podia.

reabriu a época das grelhas

13.06.17, Paulo Prudêncio
      As grelhas são um modo de vida permanente no tratamento da informação do sistema escolar. Mas se a coisa se intensifica nos finais de período, imagine-se nos finais de ano lectivo: aí, o processo atinge o frenocómio.

o sistema escolar é ingovernável ou só proibindo?

05.04.17, Paulo Prudêncio
      Nota-se bem a presença do simplex dois na "papelada-a-menos-na-muita-papelada-a-menos-nem-sequer substituída-por-ficheiros-digitais" do IRS. E nota-se vontade de simplificar na administração pública. No sistema escolar é o inverso. O ME exige, ou insinua, informação "impensada" que não é incluída nos programas das empresas de software escolar. Isso provoca a circulação infernal de ficheiros excel e word. É uma escalada sem paralelo. Proporciona também a (...)

Mudar com tempo: o modelo finlandês

21.03.17, Paulo Prudêncio
      A Finlândia incluiu mais competências transversais nos currículos nacionais (o processo iniciou-se em 2012 e apenas em 2016 deu os primeiros passos). E porquê a transversalidade? Por causa dos futuros profissionais, mas principalmente pelo tédio dos alunos (até nas raparigas que têm melhores resultados em todas as literacias). A ligeira quebra nas avaliações internacionais terá acelerado a recuperação da antiga interdisciplinaridade; ou melhor: da sua (...)

do adiamento curricular

18.03.17, Paulo Prudêncio
      A "Geringonça escolar" tomou duas decisões quase consensuais: repor decência na rede escolar e corrigir a "medição em modo industrial" que o radicalismo de Crato alastrou aos alunos mais jovens. É um caminho a prosseguir, sem que isto signifique concordância com o modelo vigente de provas de aferição. Há muito a fazer. Dá ideia que o Governo adiou as mudanças curriculares que implicavam (é o que consta) a flexibilização de 25% do currículo. É moderado. Parece (...)

do sucesso escolar e da má burocracia

23.02.17, Paulo Prudêncio
      É preferível a coragem de eliminar as retenções dos alunos nos anos não terminais de ciclo (nos terminais ficaria para mais adiante), do que andar há mais de duas décadas a culpar, exclusivamente, os professores e as escolas pelo insucesso escolar instituindo um inferno de má burocracia que se evidencia em reuniões de agenda repetida e documentos de "copiar e colar". Aconselho a leitura deste post (...)

o digital e as "salas de aula do futuro"

27.11.16, Paulo Prudêncio
      Duas palavras entraram na moda: disruptor (rompe com o que está) e pós-verdade ("os factos objectivos têm menos influência na formação da opinião pública do que os apelos emocionais e as crenças pessoais"). Se fosse um pessimista, diria que estamos enclausurados numa sociedade (septuagenária e erguida nas ruínas da II guerra) em queda sem fim e que esperneamos porque não podemos partir de imediato para outro planeta.   Mas como o post é sobre a escola, e como (...)

Da subtracção (operação tão digna como as outras)

18.10.16, Paulo Prudêncio
      O tratamento da informação no sistema escolar não está adequado à sociedade da informação e do conhecimento. Está muito longe disso. Grande parte da informação obtida não é relevante para o processo de tomada de decisões, nem contribui para que os professores, principais fornecedores de informação, concentrem a energia na preparação e realização das actividades lectivas.   Exige-se a alteração do que existe. Os sistemas de informação necessitam de (...)

será ingovernável (3)?

29.06.16, Paulo Prudêncio
      O ME exige informação "impensada" que não é incluída nos programas das empresas de software escolar. Isso provoca a circulação infernal de ficheiros excel e word. Torna-se doentio. Proporciona também a roda livre escolar de quem "desconhece" que a obtenção de informação "pedagógica" tem exigências administrativas. É o tal mundo criativo da repetição de inutilidades. É uma espécie de "vamos brincar às escolas e à gestão". No mínimo, a (...)