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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

a intemporalidade dos conflitos da educação

05.02.17, Paulo Prudêncio
      Partindo da lógica Hegeliana e da inerente concepção dialéctica da categoria "contradição", em que o desenvolvimento se faz pelo reconhecimento e ultrapassagem dos diversos conflitos, Hubert Hannoun construiu um conjunto de teses no âmbito das correntes pedagógicas que me ajudaram a nortear o ensino por volta da década de oitenta numa fase em que a proliferação de propostas atingia um auge significativo.   Afinal, Hubert Hannoun, considerado um pedagogo marxista e (...)

da mediatização dos rankings

18.12.16, Paulo Prudêncio
      A mediatização dos rankings obedece ao desígnio da produtividade. Mas sublinha-se que os resultados escolares reflectem-se a longo prazo e são de génese diferente da produção de parafusos; o que faz toda a diferença no impaciente universo dos números. Não encontramos rankings, sequer semelhantes, no mundo conhecido. Mas isso nem será relevante, porque o olhar obsessivo, mais ainda o menorizado, para as outras experiências impede a valorização das próprias. A (...)

Mais uma derrota de Lurdes Rodrigues

25.10.16, Paulo Prudêncio
      A desqualificação do modo de escolher as direcções escolares é mais uma derrota para a herança de Lurdes Rodrigues (LR). O veredicto poderá acontecer com a vontade de alguns dos seus, outrora, correligionários. É reconhecida a desqualificação dos actuais Conselhos Gerais para promover concursos públicos seguidos de eleição. LRdecidiu, em 2009, eliminar um modelo com avaliação positiva para controlar, a partir do poder central, os "indisciplinados" professores. (...)

pandora

01.10.16, Paulo Prudêncio
            (Este post é de 21 de Junho de 2010, mas pareceu-me oportuno reeditar quando a ideia de mega-agrupar escolas regressa à agenda.)   A gestão escolar voltou naturalmente à superfície por causa dos mega-agrupamentos. Depois de mais um período sobreaquecido, as pedras e os telhados começaram a sentir o peso do tempo: a memória reaviva-se e os professores começam uma espécie (...)

Do perfil do aluno e dos modismos

14.08.16, Paulo Prudêncio
        Li uma entrevista, dada com desassombro, de quem vai coordenar o perfil do aluno no final do 12º ano.   Lembrei-me deste post.   Começa assim:     A febre reformista no sistema escolar em Portugal não é nova: é mesmo imparável. O que é engraçado, e com o passar do tempo, é que vemos recuperar ideias antigas como se de grandes novidades (...)

Enquanto existirem professores

17.06.16, Paulo Prudêncio
      Enquanto existirem professores, haverá cargas genéticas e componentes ambientais a influenciar estilos de ensino e desempenhos. Se o professor quiser que os alunos o ouçam, usará um estilo de comando ou directivo. Se organizar os alunos por grupos pode ir da avaliação recíproca aos pequenos ou grandes grupos e se pretender que os alunos encontrem uma solução pode ir pela resolução de problemas, atribuição de tarefas ou descoberta guiada.   Não é avisado misturar a (...)

boreout (4) escola para todos?

05.04.16, Paulo Prudêncio
        A Direcção Regional de Educação de Lisboa convidou-me para falar sobre segurança escolar. Foi em Óbidos, na Casa da Música. Dei uma vista de olhos na papelada e não encontrei o certificado, mas tenho a certeza que foi na primavera de 2004. Quando me telefonaram, lembro-me de lhes ter perguntado: "Sobre segurança? Então?". "Porque a tua escola estava mergulhada em indisciplina e insegurança e hoje isso é mais do que residual". Respondi-lhes: "Ok. Obrigado. Mas o (...)

tudo se liga

11.03.16, Paulo Prudêncio
      Com 40 anos de democracia ainda temos 500 mil analfabetos (cerca de 5% da população). É uma vergonha. E se passamos o tempo em comparações com sociedades europeias que eliminaram o analfabetismo no século XIX, devíamos olhar para o modo como por aí educam; como alguém disse, "tudo se liga". Observar se as crianças têm tempo fora da escola e se precisam da "chantagem" das provas para serem disciplinadas e estudarem. Custa confessar, mas parece que por cá nada funciona (...)

não se trata

04.03.16, Paulo Prudêncio
      "Deliberadamente vamos utilizar terminologia clássica, aclarando, desde logo, que "não se trata de advogar ou propôr o regresso a um passado mítico, e muito menos a defender programas mínimos como ler, escrever e contar ou as tendências de "back to basics". Trata-se, pelo contrário, de abrir novas perspectivas que ponham a aprendizagem, no seu sentido mais amplo, no centro das nossas preocupações" (Novoa, 2009, 194). Somamo-nos à exigência de clareza no debate sobre (...)

da crise do sindicalismo

02.01.16, Paulo Prudêncio
        É uma impossibilidade a discussão à volta da existência de cidadãos imaculados e não existem organizações imunes aos "pecados" da natureza humana; por isso, é dada primazia à democracia e ao estado de direito. Também pouco adiantam as teorias da conspiração, apesar da sua relevância especulativa. A imaginação é um exercício fundamental. Para além disso, lembro-me sempre de Kar (...)

união nacional

15.08.15, Paulo Prudêncio
    1ª edição em 11 de Janeiro de 2012.       Peso bem o que escrevo e recebi alguns emails a propósito deste post onde escrevi que "(...) mesmo entre nós, e no caso do sistema escolar, o arco-governativo não descansou enquanto não eliminou o poder democrático das escolas substituindo-o por uma amálgama com o pior do PREC e da ditadura de Salazar. (...)". Dizem-me que posso estar (...)

da rotina e da abertura do ano lectivo

10.07.15, Paulo Prudêncio
      E daqui a uns dois meses o MEC sentenciará: "(...)escolas que não abrem são casos pontuais(...)".   É natural alguma falta de pachorra para aturar um MEC que desrespeita, há anos a fio, a cultura organizacional das escolas e que despreza três valores preciosos: organização, conhecimento (que inclui as escolas) e gestão do território.   A análise crítica pode partir de variáveis diversas. Escolhi uma e fui buscar um post que teima em se eternizar.      (1ª (...)

9 anos depois

09.05.15, Paulo Prudêncio
        Os horários zero de professores são também uma consequência do mau planeamento (considerando que existia planeamento, ou melhor: planearam-se os horários zero). Há um excesso de oferta que obedeceu a um desnorte semelhante ao que provocou a bolha imobiliária.   Escrevi, em 27 de Março de 2006 (texto também publicado na Gazeta das Caldas), este texto sobre a carta educativa (...)

8 anos depois

01.08.14, Paulo Prudêncio
      Os horários zero de professores são também uma consequência do mau planeamento (considerando que existia planeamento). Há um excesso de oferta que obedeceu a um desnorte semelhante ao que provocou a bolha imobiliária.   Escrevi, em 27 de Março de 2006 (texto também publicado na Gazeta das Caldas), este texto sobre a carta educativa das Caldas da Rainha.   O texto é longo e quem (...)