Mais professores? Comecem a valorizar os que (ainda) cá estão…

Se há momento em que a mudança de opinião é muito aceitável, é este. Vivemos numa grande incerteza e o salvamento de vidas exige as necessárias alterações.   Vem a propósito do segundo debate Biden versus Trump. A contenda começou com a covid. Quem viu, só pode responder sim à interrogação em título. Biden acusou Trump de não ter um plano e de se recusar "a diminuir o tamanho das turmas na escola presencial, a contratar mais professores para assegurar o ensino à (...)

"Inércia e engenharia social são as causas da histórica falta de professores"  

"Covid-19. Especialistas chumbam a imunidade de grupo: “É uma perigosa falácia sem evidência científica”" Escrevi em 13 de Setembro: "Ou seja, o gradualismo é sugerido com as melhores intenções e com a ideia do não (...)

Surpreendi-me com o regresso às aulas. Parecia-me sensato um modelo gradual para salvar vidas e proteger a saúde e a economia. Somos um país com turmas e escolas numerosas e sabe-se que uma turma de 20 contacta com 800 pessoas em 48 horas (e uma de 30 com 1200). Como detalhei noutro texto, turnos de semana sim, semana não, e intervalos descentrados, reduziriam a frequência para números civilizados: uma escola de 1000 alunos nunca teria mais de 250, os espaços fora da sala de aula (...)

  "Ministério da Educação admite que substituição de professores está a ser difícil"    

Em regra, só não haverá surtos em escolas em que o vírus não compareça. Se se considerar que são universos muito jovens, a não testagem pode criar a ilusão de salvação até ao primeiro caso com sintomas fortes. Aliás, a tragicómica casa branca é um estudo de caso apesar do universo não ser tão jovem como o escolar.

Há muito que os blogues avisam que a falta de professores tornou-se estrutural. Os sucessivos governos fizeram o discurso contrário. Se não se leva a sério o actual ministro, os antecessores gozavam de outra aura; e leia esta capa de um jornal. E se os governos de Sócrates deram cabo do estatuto da carreira dos professores e da democracia nas escolas, o de Passos aumentou os alunos por turma, reduziu a carga curricular das artes e criou horários de professores ao minuto; tudo tão (...)

  (Este post é de 14 de Outubro de 2019). Numa pesquisa rápida no blogue, encontrei um post de 1 de Abril de 2017 em que defendia que "não tarda e abrirão telejornais com a falta de professores". Mas os blogues é que eram uns pessimistas. O post dizia assim: A OCDE veio dizer que há professores na Europa a precisar de tutorias e há quem (...)

Este post é de 29 de Agosto de 2017. (Se todos os horários, com um mínimo de 12 ou 14 tempos lectivos, das reservas de recrutamento fossem considerados completos, reduzia-se a falta de professores).  Uma parte diz assim: (...)Quem acompanha o sistema sabe, e há muito, que eliminar a quase totalidade dos horários incompletos não seria (...)