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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Da década e meia perdida na Educação

15.01.23
A História não se repete exactamente, mas o que estamos a viver na Educação era previsível e parece plasmado de 2008. Confirma-se o que os professores disseram nessa altura: as políticas na carreira e avaliação dos professores, e na gestão das escolas, são desastrosas. Se em 2008 os professores resistiram, mas os poderes instalados anestesiaram a contestação, em 2023 a onda de saturação é ainda, e naturalmente, mais forte e informada. É importante reforçar que a (...)

As Greves e o Cilindro de Ciro

13.01.23
Este post é de 29 de Fevrereiro de 2020. Os professores ainda não recuperaram todo o tempo de serviço nem beneficiaram duma qualquer mudança nas políticas mais nefastas. Há, apesar do desânimo e da saturação, e muito naturalmente, uma atmosfera de revolta contida. Por exemplo, os professores mantêm uma longa greve ao sobre-trabalho (GST) que não inclui as actividades lectivas mas que coloca ruído na engrenagem que escapa à mediatização. É uma espécie de sinal de vida, (...)

Professores contra Professores é o Efeito Destas Tiradas Mediáticas

01.12.22
Professores contra Professores é o efeito destas tiradas mediáticas. Tem sido sempre assim nas últimas duas décadas. É evidente que atingem outro objectivo: denegrir a imagem dos professores e precarizar a sua condição profissional; e, claro, contribuir, de forma consciente ou não, para a falta de professores. Francamente: todos sabemos que os professores antes de Bolonha (e do mestrado exigido para se entrar no quadro) tinham a formação académica e profissional mais do que (...)

Com Humanos Ainda Como Professores

18.11.22
"(...) Confiamos no conselho fornecido por um algoritmo ou no de familiares, amigos ou colegas? Poderíamos consultar um médico robótico orientado por Inteligência Artificial com uma taxa de sucesso de diagnóstico perfeito ou quase perfeito - ou ficar com o médico humano com o reconfortante apoio de quem nos conhece há anos? (...)". Este dilema, Klaus Schwab (2017:64) na "A Quarta Revolução Industrial", também se aplicará ao ensino? Como os orçamentos dos estados navegam (...)

Não há qualquer problema com os concursos de professores centralizados por lista graduada

09.11.22
  Há, e há muito, meios e conhecimento para que os concursos de professores centralizados por lista graduada sejam um não-assunto. Note-se que somos um país de pequena dimensão e com 10 milhões de habitantes: digamos que somos uma "região" que merece um único quadro de divisão administrativa que inclua todos os sectores. O que não há é vontade política que assim seja. O andar com a casa às costas, deve-se, muitas vezes, ao facto elementar de para uma vaga existirem (...)

A Escola e a Dança dos Homens (2)

01.11.22
  "Se houvesse um povo de deuses, ele governar-se-ia democraticamente. Um governo tão perfeito não convém a homens" (1). Esta conclusão explica o ministério da educação das últimas duas décadas, em que houve homens acima dos deuses e da democracia. Se a entropia social evidenciada em 2008 expôs a "lei de bronze da oligarquia" (ideia de Robert Michels)que condicionou os governos, na escola portuguesa a dependência ficou a cargo de uma dança de homens que descolou o discurso (...)

Da Confiança como Chave, a Exemplo da Autonomia e Da Responsabilidade

12.10.22
Há muito, pelo menos desde a década de 1990, que a confiança é a chave da sociedade da informação e do conhecimento. Mas a confiança, a exemplo da autonomia e da responsabilidade, não se decreta apenas; acima de tudo, exerce-se e educa-se em ambiente de inclusão para todos: alunos e profissionais da educação. E se a confiança nos professores é decisiva para a robustez da democracia, a chave para se perceber a "fuga" dos professores portugueses está patente nos estudos (...)

Da Falta de Professores ao Estado do Século XXI (o dever da repetição)

22.09.22
(Publicado pela 1ª vez em 13 de Outubro de 2018) Já faltam professores. Quando o inverno se impuser, e o cansaço se acumular, haverá falta de candidatos às substituições. Era previsível. Foi mais de uma década a descer. Sejamos claros: somos um país pobre (em grande parte por causa da "surpreendente dimensão" da corrupção - palavras da ex-PGR -, da "incomodidade" com a transparência e da desorganização), com baixos salários e com empregos pouco atractivos. Os jovens (...)