o estado do estado
O lamentável caso que envolve um professor demitido por assinar um documento de tomada de posição em relação à avaliação do desempenho, continua nas páginas dos jornais. É mais um mau exemplo da nossa democracia.
Desde logo, pela existência de todas estas estruturas que delapidam financeiramente a traquitana do Estado e que, na maioria dos casos, servem para colocar membros dos partidos políticos.
O técnico em causa exercia umas funções (equipa de apoio às escolas) que não têm hoje qualquer sentido operacional e fazia-o desde 1996; convenhamos que é tempo demasiado.
Por outro lado, e repito, o facto de assinar um documento daqueles só é motivo de demissão porque o nosso Estado foi capturado pelos interesses simultaneamente mesquinhos e gananciosos das máquinas partidárias. Evidencia-se na nossa democracia um paradoxo que deve ser estudado: os aparelhos dos partidos transformaram-se em máquinas (literal) à custa do Estado, enquanto reduziam a uma traquitana os serviços de que se alimentaram.