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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

professores sem tempo real (reedição)

22.10.09

 

 

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

 

 

Nem sei se o que vou escrever é sobre uma tema actual nas nossas escolas: tenho ideia que, as escolas e o seu ministério, ainda não sentem a necessidade de equacionar a sociedade em rede, a internet, o tratamento da informação e o acesso ao conhecimento.

 

E vem tudo isto a propósito do ensino, do tempo dos professores e do tratamento da informação em ambiente escolar.

 

Com o excelente advento das plataformas de comunicação e informação em regime de "open source", desenvolveram-se projectos de ensino à distância (e-learning). Destinados a adultos e a jovens adultos, os cursos ministrados nesse regime chegam a sê-lo quase exclusivamente.

 

Com os mais pequenos tudo se altera. A presença física do professor continua a ser indispensável e só progressivamente se vai introduzindo a utilização das citadas plataformas.

 

Os professores correm alguns riscos se não estiveram atentos: quando se tem cerca de uma centena ou mais de alunos, deve planear-se muito bem o tempo gasto na plataforma para que o professor não entre num regime de serviço de "24 horas sobre 24 horas" e, a prazo, quer alunos quer docentes acabem por não beneficiar com esse acesso à informação.

 

Um outro aspecto muito importante relaciona-se com o tratamento da informação para o domínio da organização e gestão escolar. Esse tipo de dados que se devem destinar a melhorar as condições de realização do ensino, diferentes dos que referi anteriormente que se destinam ao ensino propriamente dito, devem obedecer a um seguinte princípio: devem ser lançados exclusivamente em instrumentos do domínio das tecnologias da informação e em tempo real. Caso não seja assim, as escolas devem ter um prazo para resolver o problema ou, em caso contrário, os dados devem deixar de ser de lançamento obrigatório.

 

Mesmo que as escolas encontrem soluções "web" e usem a internet para correr as suas soluções informáticas de organização e gestão escolar, os professores devem ter o lançamento de dados garantido na sua escola e em tempo real. Não é hoje admissível que um professor, para lançar o sumário da aula ou para marcar a falta de um aluno, receba como resposta: "podes fazê-lo em casa, pois aqui na escola não temos nem rede nem computadores que cheguem".

 

Por tudo isto e por mais aquilo que se vai passando nas escolas com a componente não lectiva dos professores, tive esta simples preocupação: professores sem tempo real.

 

 

 

(1ª edição em 22 de Agosto de 2009)

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