do oportunismo
A avaliação de professores, o estatuto da carreira docente e a gestão escolar dilaceraram o clima relacional das nossas escolas. Se é uma queda irreversível que levará a uma falta estrutural de professores, só o tempo o dirá. Que vai levar anos a recompor, isso é seguro. Quanto mais tarde caírem os comprovados disparates, mais difícil se tornará a reposição de um metabolismo oxigenado.
Sejamos claros. Falta um longo caminho a percorrer, mas os titulares e os consequentes modelos de avaliação e de gestão caíram. Para além de tudo, foram reprovados por quem se interessa mesmo pelo assunto.
Ficaram umas versões mascaradas, tão ou mais nefastas, e que só aguardam por quem as empurre de vez.
Estou a ser optimista? Talvez. Mas não há organização que sobreviva numa atmosfera assim e lá chegará o tempo em que a sensatez mínima prevalecerá.
Nos três desmiolados diplomas das "reformas" da Educação, conhecemos atitudes heróicas de resistência. Podem crer que não estou a exagerar. Em grande número de situações, os cargos "abandonados" por esses professores foram ocupados por quem se afirmou distraído, portador de outra bandeira ou política e cumpridor da lei. Esse repelente oportunismo está agora ainda mais evidente. Começa a ser pago, para já de forma mais ou menos silenciosa, com custos elevados dentro do ambiente organizacional.