efeitos do acordo
O ano de 2010 terminou com uma certeza: os acordos entre os sindicatos de professores e o ME foram prejudiciais à luta em defesa do poder democrático da escola e o que conseguiram em relação ao estatuto dos professores foi o óbvio e numa latitude muito inferior à conseguida na rua e na comunicação social. Os sindicatos deram sempre uma mãozinha a um governo encostado às cordas.
São muitas as teorias da conspiração, mas existem dados objectivos: a avaliação dos professores continua mergulhada na injustiça e na inexequibilidade, a gestão escolar é o desmiolo que se sabe, os horários dos professores continuam contaminados pela tralha de má burocracia e por aí fora. Para além disso, tem-se assistido na última década à promiscua troca de cadeiras entre governantes e sindicalistas.
Não admira, portanto, que se leiam notícias como a que pode consultar a seguir.
As escolas estão em paz à espera que venha o pior
"A ministra da Educação, Isabel Alçada, cumpriu o objectivo anunciado para o acordo alcançado há quase um ano (8 de Janeiro) com os sindicatos dos professores - as escolas estão calmas. Mas será que estão ou vão estar melhores? Professores e directores contactados pelo PÚBLICO são unânimes na negativa. Entraram no novo ano, que agora começa, em estado de consternação.(...)"