Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

e santo onofre? (08) lições

26.11.10

 

 

Já escrevi algumas vezes: tirei um bilhete de balcão em Santo Onofre e converso com quase todas as pessoas. Há um registo que é unânime: o agrupamento está em descida vertiginosa e a situação é insustentável. Os meus interlocutores sabem bem o que penso, é público, e também com o que podem contar. Para discursos ajustados às ocasiões a porta não é esta.

 

Nos casos graves, como o deste agrupamento, há algumas lições a tirar. Existem, desde logo, factos históricos: a escola sede foi uma referência de cultura organizacional que ultrapassou as fronteiras da região e assumiu, já como agrupamento, posições difíceis, mas elogiadas pela comunidade nacional, na denominada luta dos professores.

 

O sentimento de pertença a Santo Onofre não foi ponderado por quem nunca o viveu. Deu em tragédia.

 

Sejamos objectivos. A entrada de uma CAP foi o primeiro passo para a situação presente. O ME, as estruturas locais (de vários concelhos do Oeste) do partido do governo e outras entidades que todos sabemos quais são, devem aprender uma lição: uma ocupação semelhante não se deve repetir.

 

É evidente que a história ainda mais recente mostra-nos que o despautério não terminou aí. Seguiram-se outros episódios inclassificáveis; por pudor, sou franco, vou omitir os detalhes. As divisões por parte de quem se movimentava no palco, por exemplo, foram do mais péssimo exemplo que se podia imaginar.

 

Ninguém contesta que a indignação se acentua à medida que o tempo passa. É mesmo impressionante a revolta com a presença dos elementos que constituíram a CAP ou com os que participaram nos episódios seguintes. É uma dor que o tempo crava. Nunca tinha vivido nada assim. Penso que já são muito poucos os que não intuíram o estado de sítio.

 

Em situações deste género, os primeiros responsáveis estão sempre prontos para não prestar contas e os stakeholders do agrupamento é que terão a responsabilidade de reerguer o que foi destruído. Aí é que não é nada de novo, portanto.

17 comentários

Comentar post