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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

ao fundo

17.11.10, Paulo Prudêncio

 

 

Estudei desde o início o modelo de avaliação de professores que quiseram impor e percebi da sua inexequibilidade e do impressionante legue de injustiças que lhe estavam associadas. Apenas encontrei sintonia em professores que estavam nas escolas, que tinham estudado o modelo e que se preocupavam com critério com a gestão escolar e com a fundamental atmosfera relacional entre profissionais. Não eram muitos os que assim se afirmavam. Mesmo isolados, iniciaram o percurso de constestação que se conhece.

 

Quando a luta dos professores eclodiu por força da razão, a mesa de negociação entre o governo (que começou por tentar isolar o sindicalismo) e os sindicatos fez o seu percurso. Em Abril de 2008, quer depois em Janeiro de 2010, o aperto de mãos incluiu sempre uma forma de oxigenar o monstro inaplicável. Foi imperdoável.

 

A verticalidade tem custos imediatos, mas afirma-se com o tempo como uma virtude inabalável. Os sindicatos embalaram-se na cantiga da sua adaptação aos desígnios da prestação parcial de contas dos recursos humanos (só de alguns grupos, como se viu) e anestesiaram-se. Ou então, longe que estavam das salas de aula e mantendo uma "promíscua" troca de cadeiras com os governantes e afins, não sabiam mais.

 

É espantoso como se ameaça com a terceira separação com o governo. Parece a ameaça periódica. Estavam à espera de quê? Nas anteriores negociações os sindicatos só obtiveram o que já estava conseguido pela luta dos professores e negociaram o inegociável em troca de coisa nenhuma.

 

Por mais voltas que se dê, o actual modelo de avaliação só pode conhecer o caminho da supressão. E quanto mais tarde pior.

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