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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

da origem do desastre

20.11.10

 

 

 

A tragédia que se abateu sobre o poder democrático das nossas escolas vai ter, nos tempos mais próximos, um novo pico. O ISCTE produziu grande parte da engenharia social e financeira que cilindrou a democracia nas escolas. Quase todos os políticos escolhidos para o exercício, têm a mesma proveniência e são especializados em sociologia, trabalho e empresas. Lançaram, de forma certificada, o caos no sistema. Agora que estão quase vencidos pela realidade e sem qualquer veleidade de emancipação, caiu-lhes a máscara. Em desespero, arquitectam um ataque para fustigar os seus inimigos de estimação: os professores. Acreditam que o momento é, de novo, propício.

 

Gente que não pôs os pés numa escola básica ou secundária tomou as rédeas do sistema e anarquizou-o numa lógica que consideraram anti-elitista. A sério: houve por ali qualquer coisa como isto. Viveram obcecados com os "privilégios" dos professores. Tudo o que não fosse 45 horas semanais de aulas era elitismo.

 

Agora querem cavalgar a onda do desvario financeiro e descarregar ódio. Resta-lhes pouco tempo de poder. Um dos mentores ainda no activo "dirige" a Direcção-Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC). Ouvir este áudio ou ler esta entrevista ajuda a perceber.

 

A entrevista versa o programa novas oportunidades, onde o responsável afirma não saber dos custos nem sequer dos da máquina de propaganda montada à sua volta. Manter-se-á sem cortes. Há duas frases que são emblemáticas. A comparação com o ensino regular é de bradar e dá uma boa ideia da sustentação do desastre.

 

"Sabemos que alunos de determinadas vias de ensino aprendem a fazer exames e a tirar notas, mas não sabemos se sabem alguma coisa quando acabam. Isso não acontece com os nosso alunos porque são obrigados a demonstrar competências".

 

"A democratização de acesso implica verdadeira abertura social e de mobilidade, o que cria pressão junto de determinadas elites que não deixaram de reagir. Há uma democratização mal tolerada do acesso aos diplomas escolares".

 

 

(1ª edição em 25 de Outubro de 2010)

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