o balão encherá
O sistema escolar vai ser alvo de uma hecatombe que só tem paralelo com o que se passou nos últimos cinco anos. Basta ouvir com atenção a ressabiada antiga ministra ou alguns dos que trabalharam consigo e que acentuam esse registo. Estão de mangas arregaçadas para a malvadez mascarada de ganhos de eficiência. São os terapeutas do supraime e das parcerias público-privado. É como se tivessem uma dívida de gratidão para com os seus senhores.
Os professores perderam a aura de união que os acompanhou nos anos de 2008 e 2009. Os próximos tempos serão decisivos. É preciso estar atento e ser firme. É bom que não se reeditem invejas antigas. Ex-titulares contra relatores, jovens sem redução da componente lectiva contra menos jovens com essa redução, aderentes da farsa da avaliação ou da gestão contra resistentes inabaláveis e por aí adiante. Todos, mas todos, terão a perder se o balão da contestação não voltar a encher. A resistência é tão justa como antes. Nem todas as questões são financeiras, mas mesmo as que são dessa índole não nos devem anestesiar. Que se saiba, o estado ainda é de direito.
Sem alvo óbvio, docentes tardam em transformar o desânimo em revolta
"Que os professores vão acordar para as ameaças da proposta de Orçamento do Estado ninguém duvida, mas, para já, não há sinais de grandes manifestações de rua.(...)"